sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Persistência

História verídica, ocorrida entre dia 28 ou 29 de dezembro de 2012.

Daqui em diante, as publicações seguem publicadas no mesmo dia de postagem, a exceção sendo Home.

Ando por aí e sempre observo:
dessa vez um casal de namorados.
Tão jovens! (leia-se: tão bonitos!)

Enquanto ela caminha
ele corre apanhar uma flor de sapateira amarela,
uma flor pra namorada.

Faz pouco tempo.
Não faz parte de uma memória amarelada.

Numa rua pouco
ou pouquíssimo movimentada,
consigo lembrar claramente
dois cães brincando
entre ruas encruzilhadas.

Ando por aí e observo,
observo mas não falo nada:
melhor me é escrever: 

pois se acaso me esquecer,
tenho a lembrança em papel gravada.

Fácil a palavra dita se esvair,
difícil ter a tinta em papel apagada.

Y en algún lugar oculto
la memoria dice: “Gracias.
Yo no quiero ser olvidada”.

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