Originalmente publicado em 9 de janeiro de 2013.
Não entendia, tacava pedra.
Não gostava, berrava feito louco.
Não cansava de maldizer,
não cansou de fazer pouco.
Quando ferir é passatempo,
quando ri alto da desgraça.
Faz fofoca em plena praça,
passa a perna e acha graça
de criar um contratempo.
Até que, num terreno baldio,
deitou e ali ficou,
num sorriso de maldade.
Se espichou, não levantou.
Nem a mãe que ali passava
reconheceu a maternidade.
É aí que acendo um cigarro:
“Isso é trabalho pra gato
tomar conta desse corpo.”
Que jogue areia no peito:
ou esse corpo virou merda
ou esse corpo já tá morto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário