sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Chão Pela Frente

Um dos favoritos de alguns amigos, eu desconfio deste.

Originalmente publicado em 16 de maio de 2012.


Gostaria de escrever uma canção bonita para os meus amigos,
a mais bonita já feita, mas tropeço nas palavras.
Elas insistem em não rimar; então faço uso da prosa, mesmo.

Ela não entrará nos ouvidos como melodia.
O máximo – mínimo – que pretendo, talvez inutilmente,
(mas com uma enorme sinceridade)
é que penetrem suavemente no coração
daqueles a quem quero tanto bem,
aos meus maiores bens, aos meus amigos.

(E pode ser que em algum dia, caso chegue a paternidade,
esse carinho fique em segundo plano;
mas sei que não haverá ciúmes.
Meus amigos irão entender.
Muito provavelmente, esse novo amor será mais um elo entre os que eu quero bem e eu.)

Até lá, ergueremos os copos, solenemente.
Brindaremos ao que já foi
ao que virá
ou apenas o ergueremos para entorná-los.

Entre paixões e porções, sorrisos ou prantos,
celebraremos por estarmos vivos e relembraremos os mortos.
Até a hora em que não pudermos mais nos ver;
até que um poeta ou gaiato nos chame pelo nome na mesa,
até que a comunhão nos torne presentes mais uma vez.

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