Originalmente publicado em 16 de maio de 2012.
Gostaria de escrever uma canção bonita para os meus amigos,
a mais bonita já feita, mas tropeço nas palavras.
Elas insistem em não rimar; então faço uso da prosa, mesmo.
Ela não entrará nos ouvidos como melodia.
O máximo – mínimo – que pretendo, talvez inutilmente,
(mas com uma enorme sinceridade)
é que penetrem suavemente no coração
daqueles a quem quero tanto bem,
aos meus maiores bens, aos meus amigos.
(E pode ser que em algum dia, caso chegue a paternidade,
esse carinho fique em segundo plano;
mas sei que não haverá ciúmes.
Meus amigos irão entender.
Muito provavelmente, esse novo amor será mais um elo entre os que eu quero bem e eu.)
Até lá, ergueremos os copos, solenemente.
Brindaremos ao que já foi
ao que virá
ou apenas o ergueremos para entorná-los.
Entre paixões e porções, sorrisos ou prantos,
celebraremos por estarmos vivos e relembraremos os mortos.
Até a hora em que não pudermos mais nos ver;
até que um poeta ou gaiato nos chame pelo nome na mesa,
até que a comunhão nos torne presentes mais uma vez.
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